Você já sentiu um vazio tão grande que fizesse tudo perder o sentido?
Já se sentiu tão pequeno e perecível que percebeu que seus sentimentos não fazem diferença?
Já notou como é fútil e banal o mundo em que você vive?
Já se encontrou diante de uma situação em que deveria ficar muito mal, ou muito feliz, mas sua reação foi simplesmente pensar "ta, e daí”?
Já quis gritar pra todo mundo que está tudo errado, tudo ao contrário, que estamos destruindo um planeta, matando uns aos outros, torturando os animais, mas depois percebeu que não faz diferença porque mais cedo ou mais tarde cada pessoa vai morrer, cada sofrimento, cada alegria, cada miséria e cada fortuna irão simplesmente desaparecer?
E então você já ficou quase maluco perguntando qual é o sentido afinal, qual é o seu objetivo nesse planeta, nesse universo?
E você já quis desistir de lutar, por já saber que no final não fará diferença, por saber que todos os que tentaram morreram por suas causas e mesmo assim nada mudou, e mesmo que mudasse, ainda assim tudo, absolutamente tudo vai simplesmente acabar quando menos se esperar.
Mas de repente você viu aquele sorriso, e ele se tornou tudo de mais importante naquele momento, e ele era para você. Era tudo o que você queria. No fundo você sabia que aquele sorriso também acabaria, que um dia ele viria a não fazer mais a menor diferença pra você, porque uma vez descoberto isso, não se pode mais voltar atrás. Mas o ser humano tem essa estranha mania de ser inconstante, de não se deixar abatido por muito tempo.
Então mais uma vez você entrou no estranho jogo da existência, até que comece a perceber o quanto isso é efêmero novamente e tudo perca o sentido mais uma vez.
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1 comment:
Vaidade de vaidades...
Tenho medo de ser crítico demais no atual momento, em que a ordem social se aplica às expressões "globalização" e "convergência de saberes (ou de tecnologias)".
Tenho medo de ser apático também.
Precisamos encontrar um equilíbrio.
Só não podemos perder a chance de união com nossos pares.
Só assim teremos uma resposta de nossa existência.
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